22 de janeiro de 2014

10º Dia - Beto Carrero World

       Chegou o último dia de Beto Carrero World. Amanheceu chuviscando, mas nada demais, chuva fraca. Chegamos cedo no parque, umas 9:10, e notamos que estava mais cheio que no dia anterior, o que estranhei, pois pensei que no domingo é que ficaria mais cheio, e não na segunda.

       Entramos tranquilos, neste segundo dia já tínhamos conhecido boa parte do parque e faltava mesmo assistir os outros shows e tirar as fotos com os personagens. O resto era conhecer o resto do parque e passear com mais calma o que no dia anterior não pudemos ver direito devido à correria, e é por isso que recomendo sempre 2 dias, o primeiro é muita correria, você não conhece o parque todo, quer fazer tudo, e no segundo dia você fica mais tranquilo, pois além de conhecer parte do parque, tem uma idéia melhor de onde ir.

          Gabriel queria ir no Betinho 4D, um cineminha com os desenhos do Betinho, mas este também estava em manutenção, deixando ele triste, pois ele queria muito. Alias, não me lembro se já disse, um grande problema que vi por lá eram os brinquedos em manutenção, eram vários, e tudo sem previsão de voltar a funcionar. É muito triste mesmo a gente se deslocar de longe, fazer uma viagem dessas e quando chega lá não poder desfrutar das atrações.

        Nos dirigimos à Raskapuska, um brinquedo que não tínhamos ido e nem idéia do que era. No meio do caminho, mais um evento chato que só acontece aqui no Brasil, e nunca imaginei que fosse acontecer lá dentro do parque: funcionários dos restaurantes nos abordando na rua fazendo propaganda e chamando para almoçar nos restaurantes deles. Isso é muito chato, detesto até entrar em loja onde o vendedor nos aborda e fica seguindo a gente onde quer que vamos, e dentro do parque acho isso totalmente desnecessário, me senti incomodado.

         Entramos e como estava no início da manhã, estava quase sem fila (mais tarde veríamos uma fila imensa nesse brinquedo também!). Aproveitamos para visitá-lo porque estava chuviscando leve, e o brinquedo é fechado. Nele, passeamos em um bote no formato de tronco de madeira através de vários cenários animados e músicas alegres. Cada tronco podem ir umas 5 pessoas (dependendo é claro do tamanho de cada uma). No final, uma pequena queda (beeem light) nos faz molhar um pouco, mas nada demais, pode-se ir tranquilamente. Um ótimo brinquedo para crianças menores e para quem gosta de ver esses cenários, a Cris adorou !

       Saindo do Raskapuska, ficamos "de olho" nos horários para as fotos com os personagens, para não pegarmos muita fila. Estava "quase na hora" (faltavam uns 30 minutos) para a próxima seção de fotos com o Po (Kung Fu Panda), e fomos para a praça. Como estava chuviscando, a seção de fotos foi transferida para o Memorial Beto Carreiro, lugar fechado onde tem toda a história e objetos da vida de Beto Carrero. Chegamos lá e o local para a fila já estava preparado, entramos e nem precisamos esperar demais, a fila já se formou atrás de nós. Alguns minutos depois o Po já estava aparecendo no fundo do corredor, e no horário marcado ele veio, para a alegria da meninada, dançando e fazendo gracinhas. 

     Continuando o passeio, fomos na montanha russa que a Cris aceitou ir: o Jacaré Dum Dum. É uma super montanha russa radical que deixa todos tensos e de estômago embrulhado.... mas brincadeira a parte, gostamos do passeio. Fomos também no bondinho que sai perto do Jacaré Dum Dum e desce atrás da ilha Pirata. Não pegamos fila, o passeio é legal, pois dá para ver todo o parque por cima, a maioria de suas atrações, e foi bom termos pegado o bondinho lá, pois na outra estação a fila estava imensa, queríamos voltar para a estação mas não deixaram, era obrigatório sair. Voltamos então pela ilha pirata e pela avenida das nações, dando uma parada nas xícaras malucas, um brinquedo super conhecido e divertido, felizmente Gabriel não rodou demais ! Percebi que este brinquedo já estava com cara de velhinho e que precisava de uma boa reforma ou pintura, pois estava bem desbotado e cheio de descascados.

     Passamos pela praça que se tira fotos com o Shrek para conferir e eles também estariam no
Memorial Beto Carrero, pois o chão ainda estava molhado. Mais funcionários de um restaurante continuavam fazendo propaganda e nos abordando para que almoçássemos por ali. Continuando a volta, não deu para deixar de entrar novamente no estábulo dos cavalos do Excalibur e dar um bom dia para o Rossi e Dragão. Dessa vez, outros também estavam mais perto das janelas, mas os dois sempre dispostos a receber um carinho já colocavam a cabeça para fora.

      Dali, passando em frente ao Memorial (ainda não estava na hora das fotos com o Shrek, e sim do Madagascar), vimos que quem estava posando para as fotos do madagascar eram outros personagens, então paramos para tirar mais fotos ! Esses estavam bem extrovertidos também ! Já ficamos para a outra seção de fotos (do Shrek), que não demorou muito. Os personagens ficavam no fundo do corredor fazendo gracinha enquanto não chegava a hora, e logo que vieram todos aplaudiram. Esses personagens estavam bem animados mesmo, até dançando e fazendo gracinhas com os funcionários, e todos gostaram disso. Mais uma vez (e não cansarei de falar aqui), notamos a falta de educação e respeito das pessoas, que rasparam a entrada do memorial, na parte acolchoada, colocando o nome por lá, uma vergonha mesmo (foto em breve).


      Saindo de lá, tiramos mais fotos com os personagens do show excalibur e passamos mais uma vez no estábulo do show O Sonho do Cowboy, onde estavam todos os outros cavalos, exceto o Faísca.
Cada um mais lindo que ou outro. Gabriel queria ver novamente os chimpanzés do Jardim secreto e fomos para lá. A ida foi rápida, mas Gabriel aproveitou cada instante. O mesmo "palhaço" que estava no show do Acqua passeava por ali assustando as pessoas, e testemunhei mais falta de educação desse povo: além das garrafas e lixo jogado no meio da mata, uma senhora acabava de fumar seu cigarro e o jogou (bem na minha frente) em cima da mata, ainda aceso. Uma vergonha mesmo esse povo porco que não sabe onde se joga um papel, um plástico e até mesmo coisas piores (desculpem-me o desabafo). 

      Passamos pelo Zoo com mais calma, observando os animais, no meio do parque existe também uma área que estão reformando, construindo alguma atração sobre a turma do Madagascar, possivelmente algum show e algumas atrações (aquele rio com botes desativado irá se integrar nessa atração), não foi dessa vez que conhecemos. Fomos em direção ao local onde iria ter (às 14:00) o show dos Velozes e Furiosos. Lá existe um restaurante/lanchonete e iríamos almoçar por lá. 




Velozes e Furiosos


     
Chegando lá, fiquei impressionado. Acho que é o lugar mais bem cuidado do parque, tudo novinho, e bem ao estilo americano de Velozes e Furiosos. A decoração muito bem feita, com placas de velocidade, quadros dos astros do filme, motos e partes de carros em exposição. Ao lado tem uma pista de kart para quem quiser correr um pouco, pago separadamente. O restaurante fica bem ao lado da pista de apresentação do show, e existe até umas mesas que funcionam sob reserva na parte de fora, para quem quiser assistir dali (não sei se paga separado), mas eu não recomendo, pois as motos do show fazem aceleração total naquele ponto, além de queimar pneus, e toda a fumaça e barulho vai direto para quem está por lá. melhor mesmo é na arquibancada !



     O restaurante ainda estava um pouco vazio, eram 11:50 quando chegamos, mas não demoraria para encher. Peguei o cardápio e sentamos, me surpreendi com a diversidade, embora fossem apenas 9 opções, pode-se escolher entre sanduíches e pratos prontos. No entanto, tive que esperar uns 10 minutos para ser atendido, pois não tinha ninguém no caixa. A fila começou a se formar e as pessoas ficando irritadas (inclusive eu !). Depois a atendente chegou e finalmente pudemos fazer nossos pedidos: Cris e Gabriel quiseram sanduíches, e eu um grelhado. Fiquei tirando fotos do local, e o prato não demorou muito, e esta foi outra surpresa (ou susto) que tive ! Quase não dava para ver o que tinha no prato, devido à quantidade de batata fritas ! Era um prato inteiro delas, inacreditável, e logo eu que não como mais frituras ! O tamanho do palmito também nunca vi igual. Só rindo mesmo ao contemplar aquela cena, pedi um prato extra pois precisava dele para chegar à parte de baixo da comida, e por incrível que pareça, nem neste prato extra couberam todas as batatas. Pelo menos dessa vez a salada era de verdade ! Mais uma vez, acho que o Beto Carrero World deveria cuidar melhor da qualidade da comida servida, que possui gordura em excesso.



      Terminado o lanche, ainda umas 12:35, notei que a fila para o show das 14:00 começava a se formar. O sol também saiu firme e forte, e eu fui para lá esperar 1 hora até os portões serem abertos, sob o sol e muito calor. Tive que passar muito filtro solar para aguentar esse tempo todo. As pessoas foram chegando e a desorganização começou a se mostrar, pois o local era muito aberto e os fura-fila (outro mal que afeta esse povo) começaram a dar as caras. Presenciei até uma família estrangeira aceitando colocar 2 crianças desconhecidas, de outra família, junto com eles, inacreditável. Foi muito difícil mesmo, mas olhando para trás eu me conformava, pouco tempo depois já não dava para ver o final da fila. Gabriel e Cris ficaram na sombra ou no bar e ficava conversando pelo rádio com eles. Quando finalmente abriram o portão, parecia porteira de gado, tudo mundo desesperado correndo, e nem precisava, pois o local é muito grande e todos tem uma boa visão. Pegamos um lugar na primeira fila, para mim, bem melhor, apesar dos cabos que ficam na frente (e não atrapalham muito), as outras fileiras são muito apertadas.

      Logo no início do show, já começamos a ver a falta de respeito e educação de certas pessoas, que ocupam lugares preferenciais e ainda anunciam em alto e bom tom que não estão nem aí, arranjando uma desculpa esfarrapada para ocupar o lugar, ou também outros que saem da sua cadeira e param bem na nossa frente para tirar fotos, atrapalhando toda a visão do show, e demoram para sair até pedindo. 
    O show começa com algumas manobras entre vários carros, até 6 ao mesmo tempo, sendo um verde e outros vinho, sendo que o verde seria o mocinho da "história" que está carregando um pacote e que os bandidos estão atrás. Esta é a mesma narrativa de Orlando. Com o desenrolar da "história", os personagens mudam de veículos, pegando motos e até um caminhão, sempre fazendo manobras radicais. Não quero me alongar nem dar detalhes das manobras, pois este não é meu objetivo, então vou direto ao ponto final: minha análise sobre o show.

   O show em si é muito legal, o cenário é quase idêntico com o cenário de Orlando, com poucas diferenças. No início, o rapaz fala no microfone que este é o melhor show do mundo, que não é preciso ir para Orlando e outros lugares, mas não é bem assim. As manobras que fazem são ótimas, dou todo o crédito à equipe, que é muito bem treinada para o que fazem, no entanto, o show não passa disso: manobras radicais. Infelizmente, a "história" se perde em vários momentos e fica muito superficial, muitas vezes nem parecia uma perseguição. Um exemplo que dou é quando eles (mocinho e bandido) pegam as motos e as deixam fazendo zerinho sozinhas enquanto pedem aplausos para o público. Quando isso é atitude de quem está fugindo ou perseguindo alguém ? O show que assistimos em Orlando (que é o mesmo da Universal) envolveu muito mais do que as manobras, elas estavam fortemente ligadas à história, e teve também tiros com armas de fogo (de brinquedo, é claro), jet ski, saltos e até uma pessoa em chamas. Colocaram até uma distração com o Relâmpago MacQueen no meio da apresentação ! Então eu repito, no show do Beto Carrero, o que teve basicamente foram manobras radicais, não que não seja legal, mas estava esperando algo mais caprichado para um show do Beto Carrero World, além do que nem ficamos sabendo o que tinha nesse misterioso pacote. Mais tarde me lembrei de vídeos que mostram até que existe um loop (que não tem em Orlando e vi esse loop fora do cenário) no show do Beto Carrero, eles não utilizaram.


      Para continuar, no final do show, antes mesmo de terminar, as pessoas começaram a sair apressadas (não sei porque!?), e algumas insistem em atrapalhar as outras. Várias pararam na nossa frente para tirar fotos, atrapalhando novamente toda a visão. Uma triste realidade da educação do povo brasileiro.

      De lá fomos para o show da Monga. Este show é padrão em vários parques de diversão, eu assisti quando criança e queria assistir de novo, para ver se é do mesmo jeito que antes ou melhor por ser no Beto Carrero World. Entramos na fila (que não estava tão longa) e esperamos. A fila tem grande parte dela coberta, mas cresce tanto que sai desta área e muitos ficam no sol. Ao menos ela anda rápido, pois a apresentação dura uns 5 minutos e entram muitas pessoas ao mesmo tempo. No meio do caminho, mas tristeza dessa educação brasileira: mais lixo (e dessa vez, muito!) jogado onde não se deve, e isso porque tirei foto apenas parte dele !
      Infelizmente, não vimos o show da Monga, pois Gabriel resolveu sair assim que entramos "no recinto", ele não queria mais assistir e nem a Cris, que ficou colocando medo nele (porque ela estava também !). Fiquei bravo ! 

      Fomos então para o Trenzinho Dinomagic, no dia anterior a fila estava imensa, mas não fiquei muito preocupado, pois são uns 2 trens que circulam e em cada trem cabem muitas pessoas. É um passeio muito agradável, bem no estilo do Raskapuska, mas em um trem aberto, através de uma grande extensão e passando por vários cenários, sempre com o Betinho narrando todo o percurso, as atrações e tudo mais. Notei que vários cenários precisam de um retoque, um capricho, pois as estátuas estão desgastadas, desbotadas e cheio de mato ou galhos em cima, parecendo velhas e abandonadas, e alguns cenários poderiam ser animados também, com algum capricho essa atração pode melhorar muito. O melhor ponto é quando o trem é parado por bandidos (reais) e todos são salvos graças ao Beto Carrero. Uma surpresa muito agradável naquele passeio, parabéns aos atores. Gostamos muito do passeio ! Vale a pena conferir !

      Infelizmente, alguns passageiros insistem em fazer chacota dos cenários ou das apresentações, dando gargalhadas e não dando o mínio de valor, como aconteceu perto da gente, e em algumas partes, perdendo toda a graça, quando ficamos no escuro e começam a fotografa "o nada" para ver o que vai acontecer. Infelizmente temos que suportar tudo isso.

      Terminado o passeio, a Cris foi para a fila do show O Sonho do Cowboy, pois não poderíamos
perder, para mim seria o melhor show (por ser um musical) e também o show de fechamento de nosso passeio. Enquanto isso, Gabriel quis ir novamente na Firewhip, e entramos novamente na fila (ficando sempre em contato com a Cris no rádio para saber a situação da fila). Não demorou muito para chegarmos na nossa vez do brinquedo. Demos mais outra volta e fomos encontrar com a Cris na fila, faltava pouco para abrirem as portas para o show. O sol a esta hora já tinha ido embora, mas a chuva estava ameaçando, felizmente abriram antes que caísse, pois no meio do show, ela ficou muito forte.

O Sonho do Cowboy


     Este é o melhor show ou atração do parque. O show é um musical contando uma história de um menino que sonha em ser cowboy, e acaba passando por várias situações dessas que conhecemos no velho oeste, com mocinho e bandidos. Tudo é muito bem cuidado, o cenário muito bem feito, a história é bem empolgante e os efeitos muito bem feitos.

    Como já disse acima, o show é um musical, então as músicas sempre presentes dão um toque especial à história, misturando comédia e até a participação do público. Uma nota especial para quem for, verifique com cuidado o lugar que vai sentar, pois existem algumas colunas (como todo picadeiro de circo) nas direção das pontas do palco, e as cadeiras que ficam atrás devem ter a visão bloqueada. Então, fique atento ! No corredor de acesso ao teatro, existe também uma lanchonete com venda de pipoca e outros itens, muitas pessoas me perguntaram onde tinha comprado, pois não tinha nenhuma placa e ninguém avisou.  
     Este show é um exemplo do que eu mais esperava do Beto Carrero World, e foi muito bom ter fechado a visita com uma atração dessa. Recomendo a todos que façam o mesmo, e que deixem para assistir este show no final (mesmo porque ele começa às 18:00, hora que o parque todo termina seu funcionamento, mas se for passar mais de um dia lá...), mas cuidado para não perder, seria imperdoável !!!


      Findo o dia, fomos para o hotel, onde jantamos no próprio restaurante um buffet de massas e fomos dormir (bom, eu ainda tinha que atualizar este blog...), pois no dia seguinte era dia de voltar para casa....

21 de janeiro de 2014

9º Dia - Beto Carrero World

      Antes de qualquer coisa, gostaria de pedir que leiam meu relato nestes próximos 2 dias com cuidado.  No meu ponto de vista, o Bet Carrero World é uma tentativa de se aproximar os parques do Brasil com os parques existentes na Disney, e acho isso muito interessante. Muitos dos meus comentários eu irei comparar com os parques da Disney, principalmente aquilo que acho que o Beto Carrero deveria repensar ou modificar para melhorar seu serviço e fornecer uma diversão melhor para seus visitantes. São opiniões pessoais, algumas delas também não dependem do parque, e sim da difícil educação dos visitantes. Ressalto que em geral gostei muito do parque, pois não temos nada parecido aqui no Brasil.

      Chegou o grande dia. Acordamos às 7:30 e fomos tomar o café da manhã no hotel, que era bem servido. Nos arrumamos e fomos para o Beto Carrero World, localizado a uns 10km do Hotel Pedra da Ilha. O dia amanheceu nublado, sem chuva, perfeito para não ficarmos tostando no sol e nas filas que imaginava iria ter que enfrentar. O parque abre às 9:00.

       Foi bem fácil chegar lá, o estacionamento fica bem do lado do parque, e achei pequeno (posso estar enganado) para o tamanho do parque, praticamente sem demarcação de vagas, de terra batida (alguns lugares tem paralelepípedos). Também, cobram R$ 30,00 a diária, o que acho já um absurdo. Os parques da Disney, por exemplo, possuem estacionamentos imensos, todos asfaltados e demarcados, com pessoas organizando os carros e trenzinhos para pegar quem estaciona longe (ou perto também), e tudo de graça.

       A entrada é muito bonita, chamada de Castelo das Nações, um castelo super colorido e de dimensões consideráveis. Existem pessoas oferecendo tirar uma foto familiar da entrada, mas nos recusamos. Fui direto para o guichê de voucher para trocar meus ingressos, pois tinha já comprado todos antecipadamente pelo site do parque. Internamente, tudo muito bonito também, com separadores para as filas, exposições dos super carros e também atores do show Excalibur posando para fotos com os visitantes. Achei o parque bem vazio, pensei que iria pegar um tumulto como todo lugar no Brasil, mas não, estava tudo muito tranquilo. A fila do guichê de voucher (para trocar os ingressos do show Excalibur) demorou um pouco (eu era o 3º), mas só tinha um guichê, imagino que se fosse comprar o ingresso na hora seria até mais rápido, mas a procura é grande e poderia não conseguir, ou se o parque estivesse bem cheio. Na entrada nossa digital é colhida, e aqui vi outra diferença para os parques da Disney: revista de pertences. Lá na Disney nossas mochilas e bolsas são revistadas rapidamente logo depois da entrada por segurança, no Beto Carrero não tem isso. Percebi também que existe um trilho de trem passando por toda a entrada e até um que entra no Castelo das Nações, mas está desabilitado, seria muito legal se passando da roleta, pudéssemos já pegar o trem para conhecer toda a extensão do parque e o que ele pode nos oferecer. O Magic Kingdom tem uma atração dessa (a Walt Disney World Railroad ), e pelo mapa do Beto Carrero, deveria ter uma também, mas pelo visto também está desativado, uma pena.



      Passando a entrada, um grande pátio aberto dá uma idéia de todo o tamanho do parque, e acho que ali poderiam ter algumas atrações também, e cabe muita coisa legal mesmo, pois ali é o "comitê de boas vindas", no entanto, estava vazio. Nos dirigimos diretamente para os brinquedos radicais, e paramos na fila do Star Mountain, pois estava com medo de ter que enfrentar muita fila se não aproveitássemos logo. Nessa hora, a fila estava pequena (e é coberta também), e como a montanha russa tem muitos lugares, ela andou bem rápido. Tivemos a sorte de pegar os lugares da frente, e a volta foi muito boa, pois é uma montanha russa pequena, mas com várias voltas e loops.

      Saímos de lá e fomos para a Firewhip, outra montanha russa, só que maior e mais radical, onde os carros são presos por cima e ficamos com os pés soltos, fazendo vários loops e parafusos. Ficamos um bom tempo na fila dessa vez, ainda bem que estava nublado. Notei no brinquedo vários pontos de ferrugem ou desgastados (principalmente nos bancos), até a pintura da entrada principal dela estava desgastada e com as junções aparentes. Fora isso, o lixo (papéis de bala, sorvete, garrafas de água, etc...) que os visitantes jogavam nos jardins e lagos que embelezam o brinquedo mostram a total falta de educação desse povo, não era por falta de lixeira. A volta na Firewhip é muito legal, bem radical, e por causa da tensão Gabriel passou o resto do dia com o pescoço dolorido. É filmada também, na saída pode-se comprar um DVD com do passeio, mas o preço é um pouco salgado (mais ou menos R$ 40,00). 

Show Excalibur


      Saindo da Firewhip, passamos em frente ao Elevador do Terror (Free Fall), mas estava com uma fila muito grande, e como estava chegando perto do horário do almoço (creio que eram mais ou menos 11:20), nos dirigimos para a entrada do show do Excalibur. Chegando lá, nos assustamos, a fila já estava imensa! Graças aos comentários da internet, já sabia que eu tinha que comprar as bebidas antes, e a Cris ficou na fila.
      O Excalibur é um show medieval, contando uma versão da lenda da espada de mesmo nome, do rei Arthur e com participação de vários cavaleiros, o mago Merlin, etc... Toda a ação passa em um largo corredor de terra no centro e, ao longo dele em um ambiente mais alto, as pessoas se sentam para almoçar enquanto assistem o show. Pode-se escolher entre vários times (por cores), bastando você se sentar no time para que quer torcer.
 
   
      Entramos no show e nos sentamos na primeira fileira, a mais próxima ao corredor, mas decidimos trocar de lugar para um mais alto, pois o muro de proteção, feito parte de vidro e parte de madeira atrapalhava um pouco a visão. Então nos mudamos para a terceira e última fileira, do time azul. Ao nos acomodarmos, logo veio um garçom perguntando quais bebidas queremos. O cardápio do almoço era fixo: Batata frita, purê, arroz, tiras de filé com molho, coxas de frango, polenta frita e salada. Não se pode escolher, é tudo isso que vem e pronto, não tem opção. Rapidinho vem outros trazendo o almoço, e fiquei assustado ao recebeu o meu, devido à quantidade da porção dos "gordurosos" que vinha no prato, e a salada era APENAS uma couve flor, bem no estilo americano (se bem que lá, se pedimos salada, é de verdade!). O parque devia levar mais em conta a qualidade das refeições servidas! Imagino quanta comida jogada fora, pois creio que 90% das pessoas não comem tudo isso.
       O show começa e as luzes logo se apagam, portanto, sugiro que comam logo antes de começar o show, pois com as luzes apagadas fica mais difícil, além do que você perde parte do show, mas não é impossível comer com as luzes apagadas não, pois não fica totalmente escuro. O show é muito legal, você torce para seu cavaleiro enquanto a trama se desenvolve, muita ação, lutas e cavalos. Bem estilo medieval e divertido.

      Saindo do Excalibur fomos conhecer as outras áreas do parque. Gabriel gostou muito da Ilha pirata, um local bem caprichado, com vários cenários, e uma entrada espetacular: uma extensa ponte com uma caveira no final, sendo a entrada da ilha a boca da caveira. Lá dentro, tudo relacionado a piratas, uma lanchonete, grutas escuras com tesouros e até o já conhecido barco pirata que dá uma dor de barriga lascada.... A casa dos espelhos é interessante, mas os espelhos precisam de um retoque ou uma melhora, pois os efeitos são mínimos e não tem muita graça. Acho que essa foi a parte que Gabriel mais gostou.

   
  Saindo da Ilha pirata, paramos para tomar um sorvete em uma sorveteria enorme (acho que é o Palácio dos Sorvetes), onde tomamos sorvetes deliciosos. O mais engraçado são os sorvetes feito para as crianças, em formato de bichinhos, cada um mais bonito que o outro. Resolvemos deixar o show dos Velozes e Furiosos (14:00) para o dia seguinte e assistir o Blum (Aqua) às 16:00, mas antes, continuamos nosso passeio pelo parque e resolvemos ir em direção à Big Tower (do outro lado do parque, mas passando pelo Zoo. 

     No caminho, encontramos vários lugares e Gabriel ia parando em todos. Aproveitamos também e fomos na montanha rusa para crianças menores, a Tigor Montain. Um passeio simples e gostoso, pelos menos para experimentar (afinal, até na montanha russa da Shamu nós fomos!). Mas o lugar que mais gostamos e passamos o maior tempo foi o estábulo dos cavalos do show Excalibur. Vários lá tinham acabado de fazer o show, estavam almoçando e nem ligaram quando chegamos, mas aos poucos eles acabaram e alguns foram para a "janela" e deixaram serem acariciados. Cada um mais bonito que o outro, com destaque ao Rossi e ao Dragão que adoraram os carinhos e quando parávamos eles mexiam as cabeças pedindo mais.
Foi difícil sair dali. Quando finalmente conseguimos, fomos em frente e encontramos a selaria Faísca, uma loja com tudo relacionado a cavalos (vende até selas completas!), e junto dela um estábulo com mais cavalos que fazem parte do show O Sonho do Cowboy. Mais uma vez paramos e ficamos um bom tempo por lá, com cada cavalo lindo, e o mais interessante: a presença do próprio Faísca, o cavalo do Beto Carrero.


      Continuamos nosso passeio e passamos pelo zoológico, um lugar no meu ponto de vista muito triste, pois não consigo ver aqueles animais presos em um espaço pequeno sem poder correr e desfrutar a liberdade que necessitam. Tem vários animais muito bonitos por lá, passamos rapidamente pela seção dos tigres e leões, em direção à Big Tower, não deu para ver, estávamos com pressa e depois passaríamos por lá com mais calma, mas Gabriel sempre parando para ver uma ou outra coisa que achava. Chegando na Big Tower, quase caí para trás, uma fila enorme, e o pior: 3 dos 4 conjunto de cadeiras (cada conjunto com 4 cadeiras) estava sem funcionar, apenas 1 estava funcionando, e demora bastante até se fazer o ciclo completo. Calculei que ficaríamos horas na fila e desistimos por enquanto. A fila do trem para o Dino Magic também estava imensa, mas esta anda bem rápido (no dia seguinte fomos e falarei mais a respeito no blog do próximo dia), pois o trem é grande, mas descartamos a possibilidade de ir neste momento, pois não podíamos perder tempo com filas para assistir o show do Acqua. 

      Voltamos então pelo mesmo caminho até o local do show do Acqua, e o que estava vazio quando fomos em direção à Big Tower, estava já com uma fila imensa. Isso faltando mais de 1 hora para começar o show !!! A Cris então ficou na fila enquanto eu e Gabriel fomos fazer outra coisa e ficamos em contato pelo rádio (importante ! Leve sempre um, pois é melhor que celular nesses lugares). Gabriel escolheu ir na Firewhip novamente, mas como a fila estava muito cheia, resolvemos ir no Elevador do Terror. Chegando lá o brinquedo estava fechado para manutenção (outro problema crítico do Beto Carrero), então fomos novamente na Star Mountain, que não tinha nenhuma fila e entramos de imediato. Saindo de lá, voltamos para onde a Cris estava, pois o Elevador do Terror continuava em
manutenção, tentamos tirar foto com o Po ( Kung Fu Panda) mas a fila já tinha sido fechada e ficamos na fila do Acqua esperando o teatro abrir. Avisaram que poderia atrasar um pouco porque deu problema no sistema de iluminação, e enquanto isso um palhaço que anda pelo parque distraía as pessoas e dava susto nas que passavam, todos gostavam. 

ShowAqua/Blum

      A espera foi árdua, o sol estava forte e estava difícil aguentar tanto tempo, pois a fila não era coberta, nem mesmo a parte de "zigue-zague" (que não foi aberta). O show estava marcado para às 16:00, e às 16:05 a porta foi aberta para o público entrar. Tudo ocorreu tranquilamente até entrarmos no teatro. Lá, os funcionários nos encaminhavam para a parte de baixo do mesmo, com a desculpa que era melhor ver a apresentação de lá, mas a verdade era para encher mais a parte de baixo, pois quando entramos só sobravam as cadeiras bem no cantinho. A parte de cima do teatro estava totalmente vazia, e ficamos no corredor até liberarem. As pessoas já irritadas com a espera na fila também ficaram irritadas com essa atitude que ninguém entende porque não se pode deixar todos escolherem o melhor lugar que as agradam. Quando liberaram a outra parte, foi outro stress entre as pessoas, brigando pelos lugares. Eu já tinha colocado nossas mochilas nas cadeiras e tinha gente já reclamando de tudo.

      Só abrindo um parênteses aqui, acho que algumas pessoas podem se confundir (como eu), pois no site não fica muito claro: Acqua é o nome do teatro e Blum é o nome do Show. O show não demorou para começar, e vale a pena assistir. É na verdade um tipo de Cirque du Solei  ambientalizado no fundo do mar onde brincam com luzes e malabarismo. As roupas são bem feitas, o cenário também e os malabaristas fazem ótimas apresentações. Senti falta de um contexto, uma história, pois o show termina sendo basicamente malabarismo, e se colocassem uma história por trás de tudo, ficaria nota 10. Com isso a duração do mesmo ficou em 30 minutos (alguns lugares informam que a duração é de 45 minutos) e saímos com a impressão que foi pouco e faltou algo,  principalmente depois de tanto stress lá fora e na hora de entrar. Não tirei fotos, nos pediram para não filmar ou fotografar, mas muitas pessoas ficaram filmando ou fotografando durante todo o show. Mais uma falta de educação desse povo.

     Resumindo, minhas dicas para o Show Acqua/Blum:
  • Chegue cedo (1:30 antes!) para enfrentar a fila
  • Leve um guarda-chuva/sombrinha para enfrentar o sol
  • Sente no centro, nos cantos nunca é melhor
  • Não acredite nos monitores que falam que somente as cadeiras de baixo são as melhores. Siga seu instinto e sente onde você acha melhor para você. O parque deveria parar com essa prática.

 
     Saindo do show do Acqua, entramos na fila (logo do lado) para tirar fotos com os personagens do Madagascar (Leão Alex e os pinguins). A fila estava um pouco grande, mas o pessoal é muito rápido para tirar as fotos, e a fila andou rapidamente. Uma coisa que senti diferença para os parques da Disney é que lá, essa foto não é apenas um "clique", mas você acaba interagindo bem mais com os personagens, alguns até conversam com você. Perde-se mais tempo, é claro, mas a experiência é muito mais gratificante, pois mesmo perdendo tempo na fila (que normalmente tem distrações no meio, como o do Buzzlightyear e o Wood), você sai mais satisfeito com o pouco tempo que interage com os personagens. Já no Beto Carrero, a fila é rápida, mas também, basta uma pose e já acabou, o pessoal do parque pega sua máquina para tirar foto de todos.

       Já estava no final do dia (os brinquedos do parque fecham às 18:00), e a fila do show O Sonho do Cowboy já estava grande (início às 18:00). Resolvemos deixar para o dia seguinte também e voltamos para os brinquedos radicais. Dessa vez, passamos pelo Jardim Secreto, pensei ser algum lugar com muitas flores, mas na verdade existem 3 ambientes: um com 2 chimpanzés (que Gabriel adorou porque faziam gracinhas), um com um tigre Branco (parecia triste e entediado) e outro com um leão e 3 leoas. Os ambientes são muito bonitos, mas para o porte desses animais, como já disse, deu uma tristeza pois é muito pequeno para eles ficarem lá. 

      Fomos então para a Big Tower, e chegando lá, uma grande surpresa: estava com a fila muito pequena !! Entramos correndo nela, mas mesmo assim, por ter apenas um conjunto de cadeiras funcionando, ficamos um bom tempo esperando (uma tristeza, pois se estivesse funcionando totalmente evitaria muita fila e poderíamos ir mais vezes). A torre é muito alta (100m de altura, 30 andares), ficamos mais tensos na subida da cadeira do que com ela caindo, pois parece que não para de subir nunca, e quando chega finalmente no topo, dá para apreciar toda a beleza da região, e são apenas alguns segundos até a cadeira começar a cair. Já tinha ido em algo parecido na Island of Adventure (na Dr. Doom Fear Fall), mas a sensação é diferente, pois lá são 60m de altura e a cadeira é impulsionada com velocidade para cima, descendo mais devagar, e na Big Tower é o contrário.

      Não quisemos enfrentar novamente a fila da Big Tower e fomos para o Elevador do Terror (Free Fall), que já tinha sido consertado a essa hora. Não tinha fila nenhuma, e entramos diretamente. O elevador sobre a uma altura de 18 andares e despenca logo a seguir a 90km/h, fazendo uma curva. Você chega no final deitado, e ele então desce para a saída. Ao sair, Gabriel foi conferir a foto tirada, gostou, mas queria testar outra foto, então corremos (já era praticamente 18:00) para a entrada do brinquedo e fomos novamente. Gabriel não gostou da segunda foto e compramos a anterior (R$ 15,00, pequena). Nesse momento, os brinquedos fecharam e não pudemos mais ir. E aqui vai outra das minhas dicas:
aproveite o final do dia para ir nesses brinquedos, tanto aqui quando na Disney, nesse horário eles sempre estão bem vazios ! Saímos tirando fotos dos locais que ainda não tínhamos ido, e observamos alguns absurdps, como famílias inteiras que alugam carrinhos elétricos para todos (deveria ser apenas para cadeirantes, idosos ou pessoas com necessidades especiais, não?), com preguiça de andar pelo parque, inclusive para crianças grandes e até adultos normais, que deveriam dar o exemplo e ensinar que um pouco de exercício não faz mal para ninguém. Essa é a geração que vivemos, tanto aqui quando nos parques da Disney vimos tal prática, uma vergonha.

      Voltamos para o hotel, tomamos um banho e fomos jantar no Cardazzo's Pizzaria, uma pizzaria muito bem conceituada, e pelo que percebemos no dia anterior (da tempestade), estava bem cheia também. O ambiente é muito gostoso, tudo muito bem aconchegante, limpo e bonito. A decoração de natal ainda estava presente. Fomos muito bem atendidos, o restaurante serve rodízio de massas, mas como não comemos muito, escolhemos a la carte mesmo. Notamos que o serviço de rodízio é muito bom, a toda hora passavam vários tipos de massas e pizzas, e não vimos um instante que as mesas ficavam sem serem servidos. A pizza que pedimos também estava deliciosa, com massa fina sem ser crocante e recheio caprichado. Aproveitei e pedi uma 1/2 garrafa de vinho, que estava a um preço aceitável, pois os vinhos do hotel estavam impossíveis de tão caros.