22 de julho de 2013

12º Dia - Volta pra casa

   Pensava que não teria nada para escrever nesse dia. Mas alguma coisa me obriga a fazer uns comentários. Basicamente, como nosso avião estava marcado para sair às 09:20 da manhã, acordamos bem cedo para terminar os preparativos. As malas estavam já pré-arrumadas do dia anterior, e simplesmente seria nos arrumarmos, fechar o resto das malas e dar checkout. 
    Devido à escassez de dinheiro em espécie, resolvi pedir um táxi pela recepção do hotel, pagando uma taxa, é claro, mas me confundi e pedi para o Ezeiza, sendo que o avião sairia do Aeroparque, bem mais perto. Nada que o hotel não resolvesse.

      Fomos para o Aeroparque, sem trânsito, mas com as saudades aumentando. Lá, despachei as malas, tomamos um pequeno café da manhã em um café local e nos direcionamos ao embarque. Ao passar pelo Raio-X, o rapaz me informou que não poderia embarcar com os rádios (Walk-Talkie) que estava carregando. Perguntei porque, pois estavam desligados, e viajei do Brasil para BA com eles, de BA para Bariloche e de volta também, como não poderia voltar ? Notei que não estão interessados nisso, peguei as minhas coisas e voltei com a intenção de despachar junto com as malas, enquanto a Cris e Gabriel ficaram no FreeShop. 
       Me informaram no despacho que teria que comprar uma mala pequena para despachar os rádios, então eu procurei em outras lojas por alguma mas não achei, só essas malas caríssimas que não utilizaria mais. Passando em uma loja de coisas em geral, consegui com o rapaz uma caixa (muito grande para os rádios) de papelão, dessas da nestlé. Parei em outra loja, comprei umas coisinhas para encher a caixa e joguei os rádios lá junto. Ia mandar envolvê-la com aquele ProtecBag (mais $80 pesos), mas o rapaz me fez de graça, apenas envolvendo com durex mesmo. Despachei as malas e voltei ao Raio-X.

     Chegando lá, passei pelo Raio-X e fui para as cabines da Imigração, e adivinha... "cadê meu passaporte ???!!!". A Cris tinha pego todos e colocado na bolsa dela quando passamos pela primeira vez ! E agora ? Expliquei minha situação para a atendente, e para minha sorte eu estava com minha carteira de identidade na pochete que carregava o dinheiro (normalmente ela fica dentro do porta passaporte). Ela pediu e levaram para uma sala lá nos fundos. Em pouco tempo me liberaram e pude passar sem o passaporte ! UFA !!!

        O vôo foi muito tranquilo, outro Embraer 190, com cadeiras espaçosas de couro e entretenimento individual, com um lanchinho simples. Passei o tempo todo escrevendo para este blog. O vôo terminaria em São Paulo, onde faríamos uma conexão para Brasília. Chegando aqui no Brasil, teríamos 3 horas até o vôo de conexão, e a Cris aproveitou bem esse tempo no FreeShop... 

         Terminado o FreeShop, fomos despachar as malas, e já começaram as chateações. Como já disse, achei a Argentina muito mais avançada do que o Brasil, estão de parabéns mesmo. Para acharmos o local de despacho de malas naquele aeroporto foi terrível. Subimos e descemos 2 vezes o elevador. Os terminais estavam muito cheios, muita fila. Finalmente achamos o local, que era separado e meio escondido, pois o vôo que viemos era internacional. As atendentes lá (empresa GOL, tenho que me lembrar futuramente de pegar sempre outra, mesmos sendo mais cara!), totalmente despreparadas, algumas nem sabiam mexer no sistema da empresa (eles não tem treinamento não?), a que me atendeu falou que eu tinha que tirar as etiquetas do outro vôo (coisa que nunca, em aeroporto nenhum me pediram para fazer, sempre fizeram), aquelas etiquetas difíceis de retirar com a mão, mas felizmente outra, que percebeu minha dificuldade me ofereceu um estilete. 

       Despachadas as malas, fomos fazer um lanche, em uma lanchonete com o precinho típico dos aeroportos do Brasil. Comemos e fomos para o portão de embarque. Lá, mais chateação. Portão entupido de gente, meu filho teve que se sentar no chão para descansar, entrei na fila do portão, e ficamos mais de 30 minutos depois do horário esperando para anunciarem o embarque e na hora de embarcar ainda vem gente furando fila. BRASIL-SIL-SIL....
        Para completar a viagem, eu já com dor de cabeça da demora, da espera, etc... sento em uma cadeira na frente de uma criança (de uns 12-13 anos de idade) e família que nunca tinha viajado de avião antes. Este, ancioso pela viagem, passou o tempo todo mexendo "com uma delicadeza" na bandeija de trás do meu banco, batendo, abrindo e fechando, sem contar nos comentários da cada paisagem, cada nuvem que passa para todo mundo do avião. Só queria descansar, dormir um pouco, mas não consegui, e no tempinho minúsculo que consegui tirar um cochilo ainda sou "trolado" logo por quem... eu mereço... :





21 de julho de 2013

11º Dia - Teatro Colón, River Plate, Cabaña Villegas

     Acordamos uma 09:00 da manhã, tomamos café e nos dirigimos ao Teatro Colón. Como Não conseguimos ir no dia anterior, fomos tentar comprar o ingresso no início do dia para conseguir fazer o passeio. Dessa vez, para fugir um pouco do trânsito, e para economizar uns pesos, resolvemos ir de metrô. Como o hotel que estávamos ficava longe das linhas do metrô, pegamos um táxi até a estação mais perto e pegar o metrô até a praça de Mayo. 
       O metrô de Buenos Aires custa (nessa nossa viagem) $2,5 pesos cada viagem. Achei as instalações muito velhas e "sujas", mas funciona perfeitamente, não tivemos nenhum problema em pegá-lo, embora ele estivesse um pouco cheio. Cada "carro" passa em no máximo 2 minutos depois do outro, e eles são todos grafitados. Sendo as instalações antigas como são, é comum estarem em estado de conservação precários, cada estação é "enfeitada com azulejos antigos diferentes em cada uma, e percebe-se que não sofreram nenhum processo de restauração nos últimos tempos.
      Chegamos muito rápido no Teatro Colón por causa disso. Se tivéssemos pego o táxi direto,
teríamos pago uns $40 pesos e enfrentado um trânsito péssimo. Fui comprar o ingresso ($110 pesos por pessoa), e consegui uma visita guiada para 10 minutos depois, na língua espanhola. Não dava para esperar a visita guiada em português, pois ia demorar mais e não dispúnhamos de tempo para isso. O teatro só aceita dinheiro (efectivo) na compra dos ingressos da visita guiada. Queríamos na verdade assistir a uma peça, mas a próxima (Otello) só ia começar quando já estivéssemos no Brasil, então ficamos só na visita guiada mesmo.
       Começamos a visita logo em seguida, o teatro é lindo, impressionantemente super conservado, passamos por várias seções e salões dele, inclusive na sala de espetáculos principais. Não pudemos entrar mais nele porque estavam preparando o palco para a ópera do dia seguinte, mas tivemos sorte que as luzes foram acesas enquanto estávamos na visita. Simplesmente lindo, manífico. Da próxima vez assistimos alguma peça lá.
          Saímos do Teatro e voltamos à estação do metrô, a 3 quadras de distância, com destino ao estádio El Monumental, a sede do River Plate, rival do Boca Júniors. Resolvemos ir de metrô mesmo, pois o estádio era longe, e poderíamos pegar um táxi da estação até ele. Comprei uma viagem dupla logo para a volta. Na hora que estávamos esperando o metrô chegar na estação, a Cris me passa o casado dela, o casado do Gabriel, o gorro e as luvas dela também. Fiquei segurando tudo aquilo, no meio das pessoas, e de repente o metrô chega, lotado, todo mundo começa a entrar e os dois (Cris e Gabriel) se enfiam no meio das pessoas, entrando no vagão, mas eu, segurando tudo aquilo (mais minha bolsa da máquina fotográfica), não dava para entrar, todo mundo entrava na minha frente e o vagão já cheio, e de repente acontece o inesperado: o vagão se fecha "na minha cara". Fiquei de fora !!! E lá se vão os dois sozinhos e eu fico lá plantado na estação...
         Esperei o próximo metrô chegar e entrei, este estava mais vazio. Entrei e a cada estação procurei os dois, que achei que poderiam ter saltado para esperar o metrô que estava para seguirmos juntos, mas não, saltaram somente numa das duas estações que eu comentei com a Cris que poderíamos sair logo antes de eu ficar para trás.
        Pegamos um táxi então e fomos ao estádio. O El Monumental é um estádio muito bonito, bem
mais que o La Bombonera, o Boca Júniors. Existe um museu fantástico ao lado dele, contando toda a hostória do time desde 1910, quando foi fundado, juntamente com a história do que acontece no mundo todo, muito interessante, mas só para quem tem muito tempo, pois existem muitas salas, uma para cada década, e cada sala possui um vídeo que demora bastante. Existe uma exposicão de todas as camisas utilizadas pelo time, chuteiras de jogadores conhecidos banhadas em metal e uma sala imensa de troféus em exposição.
       Logo fomos para o tour guiado, onde pudemos entrar no estádio. A guia utiliza um amplificador de voz (não utilizado no La Bombonera) que é muito ruim, o que já era difícil de entender, ficou quase impossível, pois a voz sai distorcida. Nos leva até uma arquibancada onde tiramos uma foto ($25 pesos, cartão sem chip) com a bandeira do time. Logo ela conta a história do estádio e nos leva para andar pela pista de atletismo que beira o gramado. Não é permitido pisar no gramado, mas podemos ficar bem do lado dele e tirar as fotos. O tour é basicamente isso, eu acho que o tour do La Bombonera vale muito mais a pena, é mais interativo, você conhece mais do estádio, mais do time e da história deles em geral, mas valeu para conhecer.
      Lá aproveitamos para almoçar na lanchonete do museu. Pedimos umas promoções disponíveis, eu e Cris, um talharim à bolonhesa e Gabriel uma Hamburguesa (pra variar) e as porções também eram caprichadas. De lá, voltamos andando algumas quadras até uma rua principal, onde pegamos outro táxi até a estação do metrô de Juramento e fizemos o caminho de volta, até a estação de Callao, pegando outro táxi até o hotel.
    Descansamos um pouco e nos arrumamos para irmos ao restaurante Cabañas Villegas, em Puerto Madero, onde tínhamos combinado um jantar com amigos nossos que estavam de parada indo a Bariloche. Chegando lá, aproveitamos para visitar o navio Fragata Sarmiento, que virou um museu. O ingresso custa $2 pesos e vale a pena, pois entramos em praticamente todas as áreas do navio, inclusive casa de máquinas, salão de refeições, etc...
 


     Gabriel adorou a visita, tínhamos só 30 minutos até que o navio fechasse, e ele fez questão de tirar várias fotos simulando ele mexendo nas várias partes do navio. Fomos então ao restaurante onde encontramos nossos amigos, e tivemos uma ótima noite, com muita conversa. O restaurante é muito bom, a comida (pedimos um Lomo) estava gostosa, embora tenha percebido que nossos amigos não gostaram muito do Bife de Chorizzo deles (estava realmente com muita gordura). Gabriel e seu amigo Felipe se divertiram muito nesta noite.
Puerto Madera à Noite

     Para fechar o dia, paramos no restaurante La Biela, para a Cris pedir um doce de despedida de Buenos Aires. Pediu panquecas de Dulce de Leche.

19 de julho de 2013

10º Dia - La Bombonera, Caminito, Alvear

     A programação deste dia era conhecer a La Bombonera, o estádio oficial do Boca Júniors, um dos
times mais tradicionais de Buenos Aires, com capacidade para 55.000 pessoas. Pegamos um táxi para lá, custou uns ($50 pesos). Chegamos lá, o ingresso custava $70, e aceitavam cartão de crédito. Inicialmente, você visita um museu que tem por lá , antes de fazer o tour guiado. o Museu é muito bom, tem todas as camisetas já utilizadas pelo time desde sua criação, as taças já conquistadas e toda a história do clube. Logo depois somos chamados para o tour guiado pelo estádio, onde uma guia nos informa toda a história e ciuriosidades sobre o estádio e também dos clubes.. O tour foi muito divertido e interativo, a guia fez perguntas a todos, pediu para pularmos na arquibancada, pudemos simular a tradição de subir na grade quando o time faz um gol, visitamos também o vestiário dos visitantes, fomos na arquibancada dos sócios e também na geral, além de contar toda a história do time e do estádio junto com curiosidades que ninguém conhece. Nota 10 para este tour, e recomendamos a todos fazê-lo.
   
Acabado o tour, que demora mais ou menos 1 hora, voltamos e saímos na lojinha, onde comprei uma luva de goleiro para o Gabriel. Nos dirigimos então para o Caminito, a apenas 1 ou 2 quadras de distância do La Bombonera. Deixei minha máquina DSLR no hotel por indicação de muitas pessoas, mas no caminho vi inúmeras pessoas com máquinas similares andando livremente por lá. Não sei se fiz certo, disseram que o índice de roubo por lá é alto, mas vi uma grande tranquilidade das pessoas quanto a isso. Lá apenas passeamos rápido para conhecer melhor o local, muitas pessoas nos abordam para tirar fotos com dançarinos de tango, além de tentarem convencê-lo que tem que almoçar nos restaurantes por lá, e não gosto desse tipo de abordagem. Como já estava tarde, já passado de meio-dia, pegamos um táxi do Caminito para o centro da cidade para fazer um lanche no Café Tortoni, um dos mais tradicionais de Buenos Aires. O trânsito estava terrível, alguma manifestação estava acontecendo na Plaza de Mayo e o trânsito lá fica igual Brasília quando tem manifestação, embora ache que em Brasília é pior. Pedimos para o táxi parar 3 quadras antes, porque ele não andava, era mais fácil ir a pé, e o preço ficou em torno de $40. Como as quadras lá são pequenas, fomos andando e chegamos rápido.
    Tinha uma fila para entrar no Café Tortoni, mas para variar ficamos no máximo uns 10 minutos. Entramos e ficamos deslumbrados com a beleza do lugar, tudo no estilo antigo, muito bem conservado. As mesas eram bem pequenas, normalmente para 2, mas coubemos nós três nela e as cadeiras eram bem confortáveis. Achei o cardápio bem variado, com muitos lanches e até pratos, mas nada me atiçou muito o apetite, principalmente porque queríamos comer um lanche apenas, pois tínhamos um chá da tarde marcado às 18:00 no Hotel Alvear Palace. Eu e Cris pedimos então uma pizza brotinho, e Gabriel, para variar, novamente pediu uma Hamburguesa. O sanduíche dele era colossal, imenso, nossas pizzas eram do tamanho normal de uma brotinho, mas o que não gostei era a espessura da massa, que parecia que era um pão disfarçado de pizza, mas estava gostosa. Terminado o lanche, tiramos algumas fotos e fomos embora em direção ao Teatro Colón. O Café Tortoni é muito bom, gostoso e com uma decoração maravilhosa, mas devo dizer que o atendimento deixa muito a desejar, tinham apenas 3 garçons para muita mesas, sofri para ser atendido, e tive que me levantar para pedir um azeite e catchup.
     Fomos a pé até o Teatro Colón, pelo mapa, eram poucas quadras, cerca de 1,5 km. No caminho,
paramos no Obelisco para tirar umas fotos, e até paramos para dar milho para algumas pombinhas em uma pracinha. Chegando no Teatro, descobri que os ingressos para a visita guiada estavam esgotados para o resto do dia. Teríamos que voltar no dia seguinte e tentar novamente. Seguimos então para a Livraria Al Ateneo, a mais ou menos outros 1,5 Km de caminhada. Adoro caminhar pelas cidades (exceto Brasília, que não foi feita para caminhar) pois nessas caminhadas ficamos conhecendo muitos dos costumes dos cidadãos, rotinas da cidade e tudo mais que não conseguimos ver quando ficamos andando de táxi. O problema é que ficamos sujeitos também a incômodos que queremos evitar, como barulho, fumaça de carros ou cigarro, pessoas pedindo esmola, etc… mas eu entendo isso como uma vivência que passamos e mesmo assim, uma experiência positiva, nos ajuda a entender melhor a cultura que estamos convivendo.
     Encontramos sem problema a livraria, embora esse "sem problema" não inclua o teatro que Gabriel
fazia para demonstrar que estava muito cansado de andar, mancando exageradamente até chegarmos ao Al Ateneo. A livraria é simplesmente linda, na verdade era um teatro que foi transformado em Livraria. Pessoalmente, gostaria ainda que fosse um teatro, acho que seria uma experiância única ver peças por lá. Mesmo assim, valeu a visita, mesmo que fosse somente para conhecer o lugar. Voltamos para o hotel de táxi, para nos arrumarmos e ir ao "Afternoon Tea" no Alvear Palace Hotel.


Afternoon Tea Alvear Palace


     O hotel era a 2 quadras do nosso, fomos andando. O Hotel Alvear é lindo, parece que voltamos no tempo quando entramos por lá, as portas são giratórias de madeira, e tudo lá parece dos anos 1932, ano que  foi inaugurado. Parece que é o Hotel mais tradicional de Buenos Aires, para participar do Afternoon Tea eles exigem traje esporte fino, embora tenha visto pessoas lá portando trajes comuns. Logo fomos atendidos e acomodados em uma mesa assim que o garçom a preparou, com porcelana e taças personalizadas. O lanche é composto pela bebida escolhida por você, entre chás, chocolate ou café. Uma entrada de pães e uma torre de três pratos com alguns mini sanduíches, sanduíches frios e sobremesas. Para o final, tem-se uma torta a sua escolha, que pode ser levada para casa.
     Para terminar, depois de jã ter me preparado para dormir e sentar para escrever um pouco o blog, quando fui dormir, percebi que tinha esquecido o celular na mesa do restaurante do Hotel Alvear ! Sorte que era pertinho, tive que ir lá, tarde da noite já para pegá-lo de volta.



9º Dia - Recoleta e Show de Tango em BA


     Acordamos cedo, pois tínhamos que ir ao aeroporto, devolver o carro alugado, dar check-in e despachar as malas até 10:00, pois o avião estava marcado para sair às 11:20. Uma coisa muito interessante que aprendi da Argentina é que eles são bem pontuais. Os aviões saem na hora certa, os horários do embarque tudo mais começam como o previsto. Nada da enrolação do Brasil. Antes de pegar vôo, Gabriel faz uma postagem especial no "Correo Argentino". Vamos ver se chega !

     O vôo também foi muito tranquilo, chegamos em Buenos Aires no horário previsto, pegamos um táxi no aeroporto direto para o hotel. Um detalhe: o táxi estava todo caindo aos pedaços, o capô não fechava direito, o carro estava todo sujo, o porta malas cheio de ferramentas e potes, como óleo, e a cara do motorista, aquele típico argentino parecido com o Maradona, com cabelos longos e encaracolados. Não sei como ele conseguiu colocar tudo no táxi, mas conseguiu. O Hotel (Urban Suites Recoleta) era bem perto do aeroporto, fica de frente para o cemitério de Recoleta, o mais importante e visitado de todos, pois lá se encontra os restos mortais de muitas celebridades da Argentina, como Eva Peron. Pegamos um quarto alto (5º andar), com vista livre para ele.

     Praticamente deixamos as malas no quarto e nos arrumamos para passear. Paramos no Romário Pizzas, ao lado do cemitério para comer umas empanadas ao ar livre, que estavam muito gostosas embora o atendimento não tenha sido excelente. Prosseguimos com o passeio pela Recoleta, dando a volta pelo cemitério e parando no Buenos Aires Disign, que nada mais é um shopping de móveis tipo o ID de Brasília, ou o Casa Park. Lá também estava o Hard Rock Café, que não visitamos, pois não tínhamos tempo para ele, infelizmente.
     Continuando o passeio, passamos pela feira de Recoleta, que só funciona nos finais de semana. Muitas barraquinhas pela rua, ao redor de toda praça, com muitos artesanatos e comidas não tradicionais no Brasil, tipo super linguiças e empanadas gigantes.
     Paramos no Centro Cultural Recoleta, lá tinha uma fila gigante para o Museo Participativo de Ciências, por isso não fomos, iria demorar muito para entrarmos, iríamos perder um tempão lá e não visitar nada mais. Na próxima voltamos lá com antecedência.
     Paramos na Igreja Nuestra Señora Del Pilar, que é muito linda, várias esculturas. Seguimos então para o cemitério, conhecê-lo por dentro. Este cemitério é realmente impressionante, vários mausoléus de famílias inteiras e de autoridades argentinas. É imenso, e cada mausoléu pode ter até 2 subsolos para guardar os caixões. Muitos gatinhos rondam o local também, recebendo muitos carinhos dos visitantes. Procuramos pelo túmulo da Eva Peron (Evita), que é praticamente o único que "conhecemos". Não foi difícil achar, pois tinha anotado o caminha no mapa, e chegando lá muitas flores estavam na porta, e logo depois chegou um guia com um grupo explicando a história da Evita e de depois que ela faleceu.
     Saindo do Cemitério, resolvemos tomar um sorvete no Freddo, que fica bem na esquina. O sorvete é caprichado, com duas bolas, custava $36 pesos a casquinha ou o copinho, mas por $38 pesos você levava um pote de 1/4 kg de sorvete. É claro que pedi um desses, de "Dulce de Leche" e Chocolate Amargo, dessa vez Gabriel e Cris ficaram com o pote pequeno, ainda com 2 bolas.
 

Esquina Carlos Gardel

     Fomos então para o o hotel nos preparar para o Show de tango. Tenho que elogiar muito a casa que escolhemos, a Esquina Carlos Gardel. Reservei com eles através do site www.bafreetour.com.ar dois meses antes. Me confirmaram a reserva e me pediram para esperar no lobby do hotel no dia entre 20:00 e 20:30. Desde então não tive nenhum contato. Esperamos no lobby, confesso que fiquei um pouco apreensivo de eles não irem, mas como já disse em outro post, ,os Argentinos são muito pontuais e cumprem o combinado, e às 20:25 chegava o ônibus do show para nos pegar (cortesia da casa de show). Essa casa de tango está de parabéns, o serviço é impecável, somos muito bem servidos e muito bem tratados. Chegamos lá e tinha uma mesa reservada só para nós (eu, Cris e Gabriel), um pouco mais afastada das outras, mas era perfeita, pois além de ser reservada, era um pouco mais alta que todas, dando uma visão perfeita do palco, sem ninguém na frente, e a uma distância perfeita.
      Como contratei o show + cena (jantar), começaram a nos servir com uns pães (costume de toda Argentina), enquanto escolhíamos os pratos, que são poucos, mas variados. Escolhemos todo o cardápio junto (entrada + prato + sobremesa), regras do local, e jantamos. Gabriel quase caiu para trás quando viu o tamanho do prato dele. Nos chamaram então para tirar fotos com os dançarinos de Tango, para comprar no final do espetáculo. Lá pelas 10:30 - 11:00 começa o show de tango, que é muito bonito. Não posso comparar com outros, pois só vimos esse até hoje, mas foi um show bem caprichado e sem super produções, como já ouvimos falar que tem por lá. Gostamos muito, era o que queríamos. Talvez da próxima vez podemos experimentar outro, para comparar. O show demorou bastante, o suficiente para Gabriel ficar com sono e dormir boa parte da apresentação.
      A única coisa que não gostei foi que, justamente quando começa o show, o garçom vem nos cobrar, tirando nossa atenção. Logo depois vem o fotógrafo com as fotos com os dançarinos para você comprar ($200 pesos cada !!!! afe..). E a gente querendo ver o espetáculo….
     O show terminou lá pelas 00:00, quando saímos para o ônibus nos levar de volta para o hotel, mas a Cris esqueceu o celular e máquina na mesa, e o motorista deu meia volta e pegamos na recepção. A noite foi ótima !!!

     

18 de julho de 2013

8º Dia - Cidade e Neve

    Acordei de manhã, olhei para a janela e gritei: NEVE !!! Acordei todos para ver, não achava que iria  nevar enquanto estivéssemos e Bariloche.

    Mas mesmo assim, esse dia começou "bem". Perdemos o passeio para Puerto Blest.
   Voltamos para a cidade para tentar recuperar o dinheiro do passeio. Enquanto estava na agência, olhei para fora, eram umas 11:30 da manhã, e quando olhei, estava nevando novamente !!!! E muito, chamei o Gabriel pelo rádio e fui me encontrar com ele, e a neve ficou mais forte. Tiramos muitas fotos, filmei e lembrando de um comentário de um colega, até abri a boca para "comer" neve.
Pegamos o carro e fomos para a catedral da cidade, onde lá a neve ficou mais forte e bonita e onde
tiramos mais fotos. 
   Já cansados de tirar muitas fotos, e a neve diminuindo, fomos para a base do cerro Otto para tentar tirar a foto-montagem, mas infelizmente ainda estava fechado por causa do vento. Voltamos para o hotel para pegar as roupas de neve e devolvê-las, e na volta, paramos na Fábrica do Museo del Chocolate. Lá compramos o ingresso, $30 o adulto e $15 criança, sendo que metade do valor serve como desconto  mas para ser sincero, não vale muito a pena. O museu é apenas um passeio com uma guia contando a história do chocolate; é interessante, mas nada demais. Não se entra na fábrica, apenas a vê de uma janela em um corredor. Mas mesmo assim, para quem nunca foi a uma fábrica de chocolate, é interessante conhecer.

    Fomos então para a cidade entregar as roupas de neve onde alugamos 1 semana antes. Gabriel estava querendo muito comer no La Mamadeira, mas no dia anterior não tínhamos encontrado, só que, nesta manhã, enquanto andávamos pela Mittre, localizamos a lanchonete por acasao. Então, fomos para lá  "almoçar". Gabriel pediu uma "Hamburquesa com quejo e papas fritas" e eu e Cris pedimos um "Pancho" (um super cachorro quente, de uns 30 cm!) que podíamos escolher 3 molhos. A comida, apesar de nada saudável, foi gostosa, e Gabriel ficou satisfeito em usar as mamadeiras para colocar os molhos no sanduíche dele.

     Saímos de lá e fomos ao Museu da Patagônia, que fica no Centro Cívico da cidade.  O museu é muito legal, conta muito da história da colonização européia da região, com exposição de inúmeras peças, tanto dos exploradores quanto dos povos indígenas que habitavam o local. Para quem gosta desse tipo de passeio, é uma parada obrigatória, e preço, simples $15 pesos por pessoa.
     Do museu fomos para a Av. Mitre tomar um sorvete na loja Del Turista. Entrando nela, ficamos boquiabertos com o tamanho. Pensávamos que era apenas mais uma lojinha de chocolates, mas não, lá dentro parecia até um shopping, tinha uma parte de vendas de chocolates, um balcão com um senhor fazendo as barrinhas e bombons de chocolate para todos acompanharem, uma lanchonete com dezenas de mesas, um balcão de vendas de Helados (sorvetes), e até uma casa de câmbio (???) ! Pedi então um Milk Shake de "Dulce de Leche" para mim, Cris pediu uma casquinha e Gabriel um pote de 1/4 Kg de sorvete. Para nossa surpresa (não havíamos acostumados ainda???) o sorvete da Cris era de 2 bolas (e gigantes!), o pote do Gabriel era de 3 bolas, e meu Milk Shake de uns 500ml... Lutamos para tomar tudo... de novo...

         Antes de terminar o dia, paramos novamente no Ponto Uno para Gabriel patinar novamente no gelo. Estava mais cheio por causa do horário, mas deu para patinar legal, Gabriel ficou mais esperto na patinação e começou a patinar melhor e mais rápido. Infelizmente, para terminar o dia melhor ainda, não sei se confundiram com as que a patinação fornece, ou foi de propósito (mais provável), mas levaram minhas luvas térmicas enquanto estava colocando os patins e tentando ajudar Gabriel a colocar os dele.
       Voltamos então para o hotel, onde fui com o Gabriel para a piscina, esperar o tempo passar e nos preparar para mais um jantar.... o último em Bariloche.

La Salamandra Pulperia

     Fomos jantar então na última reserva que tinha feito em Bariloche. o restaurante La Salamandra Pulperia é um pouco afastado do centro da cidade, mas à beira da Av. Bustillo, que beira o Lago. Chegando lá, fomos muito bem recebidos por uma brasileira, dona do restaurante, que nos acomodou na mesa e nos atendeu com uma atenção especial. O ambiente também é muito aconchegante, com uma iluminação toda especial.

      Pedimos o único prato disponível no cardápio, um "Ojo de Bife" acompanhado com rúculas, tomate cereja, abacate e molho "chilli chulli", além de umas empanadas como entrada. A comida estava deliciosa, mas por causa do único problema desse restaurante (o cardápio muito limitado) resolvemos não pedir a sobremesa.

15 de julho de 2013

7º Dia - Cerro Otto

      Este dia foi bem diferente. Na noite anterior, a agência de viagens nos ligou  informando que nosso passeio a Puerto Blest não poderia ser feito. Não explicou o motivo, disse apenas que houve um problema e nossas passagens não foram confirmadas. Trocamos então os dias dos passeios, faríamos Cerro Otto primeiro e no dia seguinte, Puerto Blest.
      Fomos então à base do Cerro Otto, onde se pega o teleférico para o topo. Chegando lá, percebi que tínhamos esquecido a máquina fotográfica, e tivemos que voltar no hotel para pegá-la. Foi até bom, pois na volta, paramos para dar comida a um cachorro que estava sentado em frente a uma padaria, olhando a vitrine de pães, morrendo de fome. Na hora que o chamei com um prato de ração, ele veio correndo, todo feliz, e já foi logo comendo tudo, nem esperou o Gabriel colocar o prato no chão. Ficamos muito felizes, coloquei até outro prato para ele. 
      Notamos que o cerro não estava com muita neve, mas à medida que o teleférico subia ela começava a aparecer. Chegando lá, saimos na área de lojas do cerro, onde temos alguns treco-trecos para comprar e também o kiosque para tirar fotos dos "peros" São Bernardos. Perguntei e a Paris, a são bernardo de lá estava passeando, mas logo depois ela chegou, toda feliz. Gabriel adorou, ela ainda é criancinha, tem apenas 10 meses de idade (e já com 50 Kg).
    Acompanhamos a Paris e o fotógrafo para o terraço, onde tirarmos umas fotos para o álbum de família. Depois, fomos descer de skibunda. O cerro Otto tem apenas uma pista para descer, mas mesmo assim não deixa de ser boa, ela tem uma reta grande, onde você pega uma boa velocidade, com várias lombadas no meio para dar mais emoção. O ingresso te dá direito a descer 4 vezes, e já deixa você cansado.
     Subimos então para conhecer a confitaria giratória. É uma lanchonete que fica girando, roda 360º em mais ou menos 10 minutos. É muito legal, pois quem lancha lá tem uma visão de toda a paisagem ao seu redor. Os lanches de lá também são muito bem elaborados, e caprichados. Cada um pediu um lanche, e o meu quase não coube no prato, nem na minha barriga. A sobremesa foi um brownie coberto com 3 bolas de sorvete e casquinhas. Uma delícia !!!!
 















       Perto das 13:30, um rapaz nos abordou na mesa e disse que teríamos que descer todos juntos às 14:00 do cerro, pois o vento estava muito forte e começava a ficar perigoso de descer pelo teleférico. Mas o vento não cedeu, e ficamos todos no saguão de entrada esperando ele baixar. Conversamos muito com uma senhora de Rosário, enquanto Gabriel brincava de guerrinha de bolas de neve no terreço. Até abriram a boate para o pessoal se distrair enquanto esperavam.

        Lá pelas 16:00 da tarde, o vento não tinha parado, pelo contrário, estava muito mais forte, então a administração do lugar resolveu descer todos do cerro a pé. Nos separaram em grupos, e descemos pelo cerro, em cima de neve e gelo. Uma aventura extra que não esperávamos.


O ônibus demorou um pouco para chegar pois ele foi direto para o centro da cidade, então tivemos que esperar chegar até onde nosso carro estava para voltar para o hotel. Lá eu e Gabriel finalmente desfrutamos a piscina, quentinha e gostosa...

Família Weiss

       A Cris queria comer um fondue, então resolvemos ir, por indicação, ao Casita Suiza. Infelizmente,
o restaurante estava fechado, não sei o motivo, e resolvemos então ir ao Família Weiss. Este é um restaurante maior, mais popular, nada reservado, com 2 andares de mesas. Fomos ao segundo andar e logo fomos prontamente atendidos por um garçom. Pedimos um fondue de queijo, que chegou em questão de minutos (no máximo 5min). Gabriel provou e não gostou, então ele pediu um fetuchinni para ele. O fondue de Bariloche vem com vários acompanhamentos: pão, salsicha, maçã, champignon e bolinhos de batata. Aproveitei e pedi uma garrafa de vinho Malbec para mim.
       Acabando o jantar, tivemos uma grande surpresa: show de tango ! Começou um tango bem na
nossa frente, um show que não estávamos prevendo e Gabriel adorou ver o casal dançar. Foi muito legal o show e saímos de lá satisfeitos. O atendimento foi excelente, a comida estava gostosa e ainda ganhamos um show de tango. Nota 10.